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quinta-feira, 1 de março de 2012

Você é pra mim


Você é assim,
Do meu amor, minha poção,
Você é pra mim, o sangue do meu coração,
Te considero assim, o doce do meu pão doce,
Você é a minha caipirinha com limão!


Você sempre foi meu pedido na oração,
Você é a única razão dessa canção,
Você já faz da minha historia, oh querida,
Você pra sempre vai ser o amor da minha vida!


Você é o amor da minha vida, minha razão,
A mais linda flor desse mundo, minha paixão...
Você sempre vai ser meu bem querer,
E eu nunca vou te esquecer....


Deus amarrou bem forte o nosso laço,
Tá firmado pra sempre o nosso trato,
Pode passar o tempo que for,
Será eterno o nosso amor...

Leonardo do Teentreter

BEIJOO

Assim como o sol procura a lua
Assim tal e qual m'alma é tua
Os meus pensamentos são apenas
Uma busca incessante por você

Por te amar tanto assim
Minhas noites são loucuras
Os meus sonhos são torturas
Por eu sempre acordar
E não te achar

Mesmo assim eu te procuro
E o meu coração dispara
Procurando por você amada minha
Eu não quero te perder minha querida
Você é o meu viver, é minha vida

Quero beber teu amor na luz da lua
A cada louco instante a minha boca
A tua, procura
E em meio a este beijo louco e ardente
Desejos, paixão, e também uma imensidão de ternura

é ela
 PRESENTE DE ANJO

Um anjo me perguntou certa vez:  O que gostaria de ganhar de presente?
Eu lhe respondi algo que fosse especial e eterno, algo que me inspirasse coragem, esperança, alegria, felicidade, companheirismo.
O anjo disse; já sei, você precisa de uma amizade que esteja sempre ao seu lado
Em todas as horas boas ou ruim, alegres ou tristes sempre lhe apoiando
E estendendo as mãos para ajudá-lo a se levantar dos baques da vida.
Eu disse ao anjo: e tem alguém assim?
O anjo me disse: Existe uma pessoa que gosto muito de observá-la, aquela
Ele me mostrou você, quando olhei, vi a mais integra das pessoas, linda e simpática
Ele me disse: Vá, eu lhe apresentei e a trouxe para você, para ser sua melhor amiga
Não a magoe nunca, cuide de suas necessidades, ajudei-a em tudo que precisar
Não a faça sofrer, pois se ela sofrer, Vai se ver comigo.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

poesias de Álvares de Azevedo

Algumas poesias de um dos meus poetas favoritos Álvares de Azevedo:              

                                                                  AMOR     
                                  

Amemos! quero de amor



Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu'alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábios beber
Os teus amores do céu!
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d'esperança!
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minh'alma, meu coração...
Que noite! que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento,
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!


Minha Desgraça 
Minha desgraça não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta 
Tratar-me como trata-se um boneco...
Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro... 
Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito blasfema,
É ter para escrever todo um poema
E não ter um vintém para uma vela.



Anjos do Céu 

As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz...
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d'escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham- e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?


sábado, 30 de janeiro de 2010

Poesias de amor


As sem-razões do amor


Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
(Carlos Drumond de Andrade)


Arte de amar



Se queres sentir a felicidade de amar,
Esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.
Deixe o teu corpo entender-se com outro corpo,
porque os corpos se entendem, mas as almas não.
                 (Manuel Bandeira)



Ao Coração Que Sofre 

Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
                            (Olavo Bilac)


poesias de Cecília Meireles




Meu Sonho (Cecília Meireles)


Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.



Motivo (Cecília Meireles)

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E sei que um dia estarei mudo:
- mais nada.





Noções
Entre mim e mim, há vastidões bastantes
para a navegação dos meus desejos afligidos.
Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge.
Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.
Virei-me sobre a minha própria experiência, e contemplei-a.
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
e este abandono para além da felicidade e da beleza.
Ó meu Deus, isto é minha alma:
qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário,
como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...



sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Poesias para refletir...



Fernando Pessoa




É um campo verde e vasto
 

É um campo verde e vasto,
        Sozinho sem saber, 
De vagos gados pasto,
         Sem águas a correr.

Só campo, só sossego,
        Só solidão calada.
Olho-o, e nada nego
        E não afirmo nada.


Aqui em mim me exalço
        No meu fiel torpor.
O bem é pouco e falso,
        O mal é erro e dor.


Agir é não ter casa,
        Pensar é nada Ter.
Aqui nem luzes (?) ou asa
         Nem razão para a haver.


E um vago sono desce
        Só por não ter razão,
E o mundo alheio esquece
         À vista e ao coração.


Torpor que alastra e excede
        O campo e o gado e os ver.
A alma nada pede
         E o corpo nada quer.


Feliz sabor de nada,
         Inconsciência do mundo,
Aqui sem porto ou estrada,
         Nem horizonte no fundo. 






Fernando Pessoa




Deixo ao cego e ao surdo
 

Deixo ao cego e ao surdo
A alma com fronteiras, 
Que eu quero sentir tudo
De todas as maneiras. 

Do alto de ter consciência
Contemplo a terra e o céu, 
Olho-os com inocência :
Nada que vejo é meu. 


Mas vejo tão atento
Tão neles me disperso
Que cada pensamento
Me torna já diverso.


E como são estilhaços
Do ser, as coisas dispersas
Quebro a alma em pedaços
E em pessoas diversas.


E se a própria alma vejo
Com outro olhar,
Pergunto se há ensejo
De por isto a julgar.


Ah. tanto como a terra
E o mar e o vasto céu,
Quem se crê próprio erra,
Sou vário e não sou meu.


Se as coisas são estilhaços
Do saber do universo,
Seja eu os meus pedaços,
Impreciso e diverso.


Se quanto sinto é alheio
E de mim sou ausente,
Como é que a alma veio
A acabar-se em ente ?


Assim eu me acomodo
Com o que Deus criou,
Deus tem diverso modo
Diversos modos sou.


Assim a Deus imito,
Que quando fez o que é
Tirou-lhe o infinito
E a unidade até.